sábado, 17 de dezembro de 2011

Questão Polêmica: O sistema de cotas pode tornar a sociedade mais justa?

Cotas: Cota 0
O Brasil é visto mundialmente como um país miscigenado, composto de várias culturas, porém a idéia de “raça” se tornou algo complexo e inajustável. A questão sobre as cotas raciais no ensino superior brasileiro que tem envolvido opiniões dos dois lados, deixa explícito esse “desajuste racial”.
Conforme a notícia publicada no Agência Estado por Gustavo Uribe, que mostra a opinião positiva do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que diz “ser favorável a existência de um sistema que permita o ingresso daqueles que são excluídos socialmente”, e isso nos faz pensar no preconceito ainda presente em nossa sociedade e em políticas de inclusão.
Nesse sentido, com a implantação das cotas, mais alunos negros, pardos e indígenas, terão acesso ao ensino superior, mas não podemos deixar de lado que esse tipo de política exige ao cidadão, que este se defina perante o estado, havendo a possibilidade de muitos se definirem negros, pardos e indígenas somente para ser merecedor de um direito.
Na minha opinião, não devemos abandonar o princípio da igualdade de todos perante a lei, pois projetos como esse, dividem a sociedade brasileira e nem promovem a inclusão nem resolvem as desigualdades, pois estes cotistas saberão exatamente que estão ali, não pela luta igualitária dos direitos humanos, mas por um benefício.
Esse é com certeza, um empasse difícil de se resolver, mas penso que a solução é a luta pelo único caminho a ser seguido a democracia, da igualdade de todos diante das leis, e não a existência de projetos que permitam que os excluídos tenham acesso ao ensino superior por serem considerados excluídos, assim nunca seremos uma sociedade justa e igualitária.
Lunara Galves Gonçalves


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Questão Polêmica: Deveria ser permitido o trabalho de crianças ou adolescentes menores de 14 anos para ajudar no sustento da família?

Informação
Em 1989, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu princípios para leis de proteção à infância. No Brasil, em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determinou que pessoas de até 12 anos serão consideradas crianças, e de 12 a 18 anos, adolescentes. Desde 2000, ficou proibido o trabalho aos menores de 16 anos, exceto na condição de aprendiz.


Argumentos
SIM
NÃO

Autoridade




Desde que consigam estudar, brincar, praticar atividades saudáveis e descansar o tempo necessário, crianças que precisam ajudar no sustento da família podem trabalhar, sem prejuízo para a vida delas, pois isso traz disciplina e as afasta de atividades ilícitas. Fonte: Joana Fortes, psicóloga, especialista em adolescência, em entrevista à revista Infância.
Cerca de 5 milhões de crianças e adolescentes ainda trabalham no Brasil em condições perigosas, insalubres e ilegais , como na prostituição, no tráfico de drogas, nas minas de carvão e nas ruas. Fonte:José Felício de Lates, ministro da Saúde, durante o congresso sobre a infância.
Evidência

Em 2006, dos 5,1 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos que trabalham 77,9% o faziam por vontade própria. Fonte: Jornal O Brasil e o Mundo.
Estudo divulgado em 2008 considera que os benefícios econômicos da eliminação do trabalho infantil serão quase sete vezes maiores que os gastos com saúde pública que esse tipo de trabalho produz. Fonte: Instituto Internacional de Pesquisa.
Comparação
Assim como os pais precisam que os filhos os sustentem na velhice, também podem precisar do trabalho dos filhos mais velhos para criar os mais jovens, quando a família é numerosa. Fonte: Acácio Fernandes, religioso.
Da mesma forma como não se pode pendurar um balanço pesado em um galho de uma jovem arvore que ainda está se desenvolvendo, também não se pode pedir a uma criança que arque com o peso do trabalho, seja ele qual for. Fonte: Marlene Matos Correa, diretora de escola infantil.
Exemplificação
A menina Melina Costa, de 5 anos, é apresentadora de TV de grande sucesso nacional e foi a própria menina que pediu aos pais que a levassem para fazer os testes na emissora. Fonte: Daniela Lima, editora do programa.
Além de ter perdido minha infância e não ter estudado, tive que parar de trabalhar muito cedo por causa de uma doença respiratória adquirida com o trabalho em carvoarias quando criança. Fonte: Neide Silvestre, desempregada.
Princípio
É melhor para a criança trabalhar que ficar na rua sem fazer nada. Fonte: Isabel de Santos, professora.
É impossível para uma criança estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Várias são as conseqüências para a sua vida: exclusão da escola, da vida comunitária, do lazer, da família, da prática de esportes, da arte e da cultura. Fonte: Claudinei Batista, professor.
Causa e Consequência

Quem trabalha desde cedo tem mais tempo para acumular experiência e ser um bom profissional. Fonte: Heloisa Almeida, estudante de economia.
Quanto mais cedo a pessoa entra no mercado de trabalho menor será o seu salário na vida adulta. Com pouco estudo e sem uma educação profissional, menores serão suas chances de trabalho numa sociedade tão competitiva como a nossa. Fonte: Antonio Emiliano, economista.


Crianças podem trabalhar?

O artigo 60 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece: “É proibido qualquer trabalho a menores de 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz”. Apesar da lei, é comum vermos crianças trabalhando. O que em alguns casos não se trata de uma experiência desagradável.
Acredito que a decisão de se colocar um filho menor de idade para trabalhar é sempre muito difícil. Numa família, onde a renda mensal não consegue suprir as necessidades básicas, é viável que se ensine algum trabalho.  Com isso o adolescente adquire experiência e responsabilidade.
Para Joana Fortes, psicóloga, especialista em adolescência, “desde que consigam estudar, brincar, praticar atividades saudáveis e descansar o tempo necessário, crianças que precisam ajudar no sustento da família podem trabalhar, sem prejuízo para a vida delas, pois isso traz disciplina e as afasta de atividades ilícitas”.
Contudo, penso que se ficarmos procurando culpados para o problema, só conseguiremos gerar mais discussões, porque enquanto não tivermos uma política eficaz, onde se priorize a educação e o respeito ao cidadão, não conseguiremos mudar essa realidade.

Camila Costa Nunes

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Parágrafo argumentativo produzido a partir da questão polêmica: A política de cotas é uma boa resposta às desigualdades sociais relacionadas às minorias étnicas?

É do conhecimento de todos que nas universidades há cotas raciais, vagas reservadas nos vestibulares para estudantes afrodescendentes. A questão é definir quem é negro e quem é branco, devido a miscigenação de raças no Brasil. Entretanto, o que sabemos é que alguns vestibulandos reprovam, mesmo obtendo a pontuação necessária, por não se enquadrar no perfil de um afrodescendente.

Vale-Cultura vídeo oficial

Artigo de Opinião contestando o artigo O que é essencial para todos? de Gustavo Barreto.

O essencial é viver

Conforme o artigo publicado no site fazendo média, intitulado “ O que é essencial para todos” de Gustavo Barreto, que é a favor da implantação do Vale Cultura, nos faz pensar na importância do acesso dos trabalhadores à cultura, além de incentivar as manifestações culturais, que segundo o autor é essencial para o desenvolvimento.
Entretanto, é necessário que se pense se o vale cultura é mesmo tão essencial para o cidadão que irá recebê-lo. Sabemos que cultura é muito importante,mas ao invés de distribuir vales, o estado poderia promover atividades abertas ao público, levando cultura para as populações desfavorecidas, que mal conseguem se sustentar.
Seria essencial que houvesse uma política de recuperação do poder aquisitivo dos salários , assim os trabalhadores teriam condições de suprir suas necessidades básicas e investir melhor na educação, saúde e cultura.